Menina pula do primeiro andar para não ser estuprada pelo pai

Estupro é violência em forma de subjugação corporal, moral, e um sem fim de males acarreta para a vítima.

Quantidade assustadora de estupros ocorridos na infância se dão no próprio lar.

De acordo com matéria veiculada pelo G1 CE no domingo 8, uma menina de 10 anos pulou do primeiro andar de casa, fugindo do estuprador, que era seu próprio pai.

O fato aconteceu na cidade de Fortaleza, mas representa inúmeros lares espalhados pelo país, onde familiares do sexo masculino tornam tenebrosas as vidas infantis, violando vulneráveis.

O pulo do primeiro andar além de ter sido a única possibilidade de fuga e escapatória, pois segundo informações contidas na matéria a abordagem foi feita naquele espaço da casa, quando o pai lhe tapou a boca – representou todos os riscos: a letalidade, a deficiência, a ferida aberta na carne, o sangue, o medo absurdo!

Pai separado da mãe há uma semana. Visita da filha de 10 anos. Uma tentativa de estupro que não obteve êxito porque a vítima se jogou aos riscos da queda, e rastejou até o portão da casa vizinha. Mas ainda tem um ponto importante: o vizinho tomou posicionamento!

Após alguns instantes, o pai teve a audácia de ir buscar a criança, afirmando sua paternidade como senha para levá-la, mesmo diante das afirmações dela sobre a tentativa de estupro e o pedido de socorro, que o vizinho atendeu.

Caso fosse um indivíduo mais fechado no próprio mundo, que estivesse a todo custo evitando se envolver em problemas alheios, simplesmente fecharia os olhos para o óbvio e deixaria que o pai a levasse. Mas ao contrário, agiu com dignidade. Fechou o portão e acolheu a vítima, que foi atendida logo após ele ter acionado a polícia.

O pai e estuprador, fugiu.

A criança está internada, haverá de recuperar a saúde do corpo muito mais rápido do que as feridas psicológicas, emocionais, pois estas costumam durar, requerem tratamento, cuidados e remédios adequados, sutis e muito em falta nas prateleiras da nossa sociedade.

Urge reformulemos os conceitos de família e admitamos que a família tradicional sempre abriu essa brecha.

Felizes as crianças que conseguem crescer sem marcas de abuso sexual na família, pois aquelas que se tornam vítimas, padecem de profunda solidão e baixa estima, geralmente silenciadas.

Mais do que sensibilização, defender as crianças é uma atitude política e humanitária.

Uma resposta

  1. Chamar de pai um indivíduo como este, não é possível. Pai e mãe devem dar amor, carinho, aconchego, segurança.

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