Último dia do Maceió Verão. Alegria para gregos e tucanos, violência policial propositalmente esquecida pelos órgãos de segurança, um formato alterado para colocar os empobrecidos em seu lugar e denúncias graves também propositalmente esquecidas por quem deveria investigá-las.
Por que a empresa Branco Promoções e Eventos- que ganhou a licitação para o festival- sabia meses antes do resultado da concorrëncia pública?
Silëncio.
Por que o comando da Polícia Militar não abriu procedimento para investigar as cenas de brutalidade registradas por cämeras de celulares, com ao menos um PM surrando um ser humano rendido, no chão, sem chance de revide?
Ou ainda: por que o Ministério Público não mostrou a própria cara, tanto no caso de violëncia policial quanto na licitação que cheira tal mal que nem dá mais para esconder debaixo do tapete?
Silëncios nos mostram como estamos distantes do amadurecimento democrático. Como as nossas instituições são seletivas na hora de apurar o que é de conhecimento público. E como o discurso sem o exemplo é apenas uma demonstração da nossa decadëncia como civilização.
E que venha o carnaval. Arrastando estes silëncios para a lixeira da nossa memória.
Uma resposta
Formalize todas as queixas. Vamos fazer nossa parte. Escrever texticulos nada ajuda.