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Maceió: Quem ganha com o caos na marcação de consultas do Cora?

Quando Valéria Correia foi eleita reitora da UFAL, um de seus primeiros desafios foi acabar com uma máfia existente no Hospital Universitário.

Representantes da classe política alagoana trocavam votos por atendimentos ou cirurgias no HU. Havia duas filas: as pessoas madrugavam na porta do hospital em busca de vagas; e os amigos ou conhecidos da classe política que eram encaixados nos atendimentos.

A desorganização do sistema facilitava a continuação da máfia, negociando a vida pela escolha do cacique político.

Na terça-feira, o Complexo Regulador Assistencial de Maceió (Cora) registrou filas, superlotação, desrespeito às medidas sanitárias exigidas na pandemia. O Cora é quem agenda consultas médicas via SUS nos postos da capital.

Nenhum secretário municipal de Saúde enfrentou os desarranjos do Cora. Nenhum prefeito de Maceió quis enfrentar os desajustes deste sistema. E nenhum dos candidatos a prefeito na capital propõem soluções definitivas para acabarem com as filas.

A pergunta é: por que é tão difícil simplificar o acesso do público ao que é público? Quem ganha com o caos no Cora? É justo mantê-lo nestas condições?

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