O deputado JHC (PSB) encontra dificuldades para assumir o discurso da terceira via, ou seja, oposição ao governador Renan Filho (PMDB) e ao prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB).
Jota esteve ao lado de Rui- o prefeito gravou o apoio para ele na disputa à Câmara Federal, um mimo que hoje não se repete.
Só que a convivência entre os dois lados azedou até hoje, rescaldo das eleições na capital.
Nem Renan nem Rui desprezam o capital eleitoral de JHC: foi o mais votado nas eleições em 2014 a deputado federal e teve 91.650 votos em Maceió na disputa pela Prefeitura.
Perdeu, mas cresceu. Apoiou o impeachment de Dilma Rousseff, apertou a mão de Michel Temer e, ao ver as denúncias contra o presidente, foi um dos primeiros a protocolar pedido de impeachment do chefão do PMDB.
Só que em Alagoas, Jota ainda não construiu espaço para o discurso de oposição aos dois atuais líderes da campanha do próximo ano.
Talvez a presença do pai- João Caldas- impeça isso. Ou talvez uma equipe mais pró-ativa, menos raivosa- e cada vez mais, na política, os nervos têm de ser de aço.
Fato é que JHC ainda não sabe o tamanho que tem. E também sabe que este tamanho pode lhe tornar miúdo. E neste mundo eleitoral da quase irracionalidade, a diferença entre os tamanhos define muita coisa.
E tamanho, neste caso, é documento.
