Incômodo persistente na garganta pode sinalizar câncer

Informativo Santa Casa

O câncer de laringe atinge entre 8 mil e 10 mil pessoas por ano no Brasil, sendo um dos mais comuns a atingir a região da cabeça e do pescoço, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O câncer de laringe representa nada menos que 25% dos tumores malignos identificados nessa área e 2% do total de neoplasias registradas pelo Inca no Brasil.

Cerca de 75% dos tumores acometem a região das cordas vocais (glote), 23% a região supraglótica e o restante a infraglótica. Conforme explica o cirurgião Abílio Lopes, especialista em cabeça e pescoço da Santa Casa de Maceió, a laringe é o órgão responsável pela produção da voz e pela proteção das vias respiratórias.

“O tumor nesse órgão pode afetar a voz, a deglutição e a respiração de uma pessoa”, disse o especialista, lembrando que um tumor na região das cordas vocais causa algum grau de rouquidão. “Rouquidões persistentes e progressivas são, inclusive, sinais de alerta para esse tipo de doença. Além de roquidão, pode ocorrer desconforto na garganta com dificuldade para engolir”, acrescentou.

O câncer de laringe tem um bom prognóstico com boa resposta ao tratamento,ocorrendo chance de cura quando diagnosticado no início da doença. Confirmado o diagnóstico por meio de biópsia, o tratamento deve ser iniciado imediatamente. As alternativas de tratamento são cirurgia ou radioterapia associada ou não à quimioterapia, estas duas últimas sendo utilizadas para preservar a laringe. já a cirurgia pode ser parcial ou total, quando toda laringe é retirada.

Neste último caso, o paciente precisa de sessões de fonoaudiologia para reabilitar o som da fala. Em estágios iniciais, nos quais é necessária apenas a cirurgia local, as chances de cura são de 90%.

“Existem vários fatores que levam ao desenvolvimento do câncer na laringe, sendo os mais significantes o tabagismo (fumo), o consumo de bebidas alcoólicas, além de outros como o génetico, dietético (comidas quentes) etc.”, finalizou Abílio Lopes.

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