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Governo de AL vai revisar os 14% cobrados aos aposentados

O anúncio do Governo de revisar as alíquotas cobradas a aposentados e pensionistas vinculados ao Alagoas Previdência – eles pagam 14% ao fundo- coincide com a derrota do governador Renan Filho na disputa pela Prefeitura de Maceió e uma campanha do Sinteal, o sindicato dos professores, denunciando o desconto.

A proposta aprovada pela Assembleia Legislativa também significa desgaste aos parlamentares – e ano que vem tem eleição.

Também Renan Filho é candidato no próximo ano e deve lançar alguém do seu grupo na disputa ao Executivo. A facada previdenciária esborrou na imagem do Governo. A proposta de usar o dinheiro para melhorar o atendimento do SUS não se sustenta.

Afinal, temos mais hospitais mas as condições, o dia a dia destas unidades, pouco se alterou.

E 90% da população depende do sistema público de saúde.

Mais impostos deveriam significar melhor atendimento a qualquer cidadão que precise de um serviço assim. A história brasileira, porém, mostra que isso não acontece na prática. Há 200 anos havia o imposto da cachaça para ajudar a melhorar a educação; há 24 anos a CPMF surgiu como o imposto para subsidiar o SUS.

O tempo se encarregou de mostrar o contrário.

O Governo de Alagoas vai apresentar projeto a Assembleia, revisando a cobrança dos 14%.

A revisão só vem por causa da popularidade deteriorada, justo no momento em que a pandemia, o fim do auxílio emergencial e a crise na economia empurram o prestígio da classe política para baixo.

Estes tempos de tamanho embate político também ensinam: o povo ainda faz parte da democracia.

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