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Fim da Gazeta impressa: 1ª reunião termina sem acordo

Reunidos com representantes da Organização Arnon de Mello, jornalistas demitidos após o fim da edição impressa e diária da Gazeta de Alagoas não conseguiram obter um acordo, da OAM, para o pagamento dos direitos trabalhistas.

Existem funcionários que estão com o saldo do FGTS zerado; em outros casos, os valores depositados são bem menores.

A reunião foi mediada pela procuradora do Trabalho, Adir Abreu, que demonstrou estarrecimento com a forma de demissão dos funcionários: quem recebesse a ligação telefônica da Gazeta continuava na redação.

Os representantes da OAM propuseram começar o pagamento dos direitos aos demitidos em janeiro; o Sindicato dos Jornalistas vetou a proposta.

Nova audiência está marcada, desta vez com Luiz Amorim, responsável pela gestão dos veículos de comunicação do senador Fernando Collor. Será no dia 5 de dezembro.

Pelo menos uma solução está descartada: a lei restringe o leilão de bens pertencentes ao senador (e não às empresas) para o pagamento dos funcionários.

Existem ações tramitando na Justiça Federal determinando o leilão do parque gráfico Zacarias Santana (onde a Gazeta de Alagoas era impressa) e do terreno onde estão localizadas a TV Gazeta, Gazetaweb, Rádio Gazeta e o Gazeta Pesquisa (Gape).

A Gazeta de Alagoas, por sua vez, sustenta, entre os trabalhadores que sobraram no jornal (agora semanal) que a edição impressa circulando apenas aos sábados e domingos também pode ser extinta. O quê, na prática, é a falência do jornal- hipótese, extra-oficialmente, não descartada pela direção da empresa.

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