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Feliz Espiritismo Novo

O rompimento da bolha espírita brasileira marca inúmeras trajetórias, proporcionando aos que saem das cavernas interiores, os ares benéficos das lufadas de vento do arbítrio.

A primeira compensação talvez, seja reconhecer a liberdade da fé, como energia de transformação! Como senha para dizer não ao erro coletivo capitaneado pelas ilusões de classe, castas e gozos atávicos que seguram as mentalidades nos alpendres seculares da distinção; um limbo anti-evolutivo criado pelo egoísmo.

Ser espírita hoje é não resumir a pertença aos círculos das crenças a um grupo injetado de moralismos, e reconhecer o livre pensamento como herança ancestral a ser burilada e utilizada para salvar a própria luz, mesmo quando o obscurantismo avança.

Por esta razão, urge conectar fatos e contextos, para não perder a oportunidade de remar na direção da paz, promovendo-a com atos. Deus não fará a travessia por nós, mesmo estando conosco. Nos cumulou de recursos com a inteligência e a sensibilidade, permitindo a criação e tráfego interdimensional para que elevemos nossas potencialidades com menos comodismos e mais protagonismos.

A seara de fomento da libertação não está na imanência, é algo atrelado aos nossos calcanhares e floresce também na terra, saneando o lodaçal das injustiças sociais e desvios de concepções, para alimentar multidões de famintos morais.

O céu traz suas cores para as vidas humanas através das escaladas vivenciais. É hora de aceitar o corpo como meio de chegar ao topo, em abraços de irmandade, nos caminhos das histórias que pedem defesa, respeito, cuidados, de uns para com os outros.

Nosso país está senso sacudido pela ameaça de um crescente armamento, prelúdio da destruição da corporeidade, e nós espíritas não temos o direito de rejeitar a importância da vida corporal na hora que é agora; nem o passado nem o futuro, podem ser mais importantes que o presente.

O brasileiro comum que se revela afinizado com as inferiores inclinações classistas, racistas, homofóbicas, misóginas e anti-libertárias nas esferas políticas, não devem encontrar nas casas espíritas palavras que lhes adormeçam a consciência, nem fugas atitudinais em nome de atos supostamente caritativos; pois a larga porta dos preconceitos antigos engole consciências e pode anular efeitos da renovação evangélica cristã, comprometendo o espírito, quando poderia elevar suas condições de libertação.

Avança o tempo cronológico, e aumentam os desafios para os que se declaram discípulos do amor.

Não há estrada neutra nesta hora e o canto da dor anuncia lutos.

Um ano novo recebido pelo crescimento da violência contra mulheres, pessoas negras, homossexuais, indígenas e ativistas sociais, anuncia necessidade de mobilização fraterna por uma sociedade menos desigual, menos perseguidora, menos assassina.

Um ano novo que encontrará perdas ecológicas imensuráveis e ameaças maiores pairando sobre as águas e florestas brasileiras, nos convoca a tomar posicionamento em defesa da casa-mãe, e isto requer posicionamentos políticos como atos de fé e declaração de amor a todas as formas de vida do planeta.

Eis a pauta espírita de emergência: defender a vida!

Conglomerados urbanos, rincões e biomas terrestres e marinhos sob a mesma ameaça capital, sob o risco de destruição em nome da ambição estrutural que avança travestida de conservadorismo, balançam as verdades institucionalizadas.

Já não é seguro repetir chavões. Não basta dizer “Senhor, Senhor”.

Chegou a hora de tomar partido, sair dos caminhos conhecidos e afrontar o medo de ser cidadão planetário.

Jesus, modelo e guia, nos abraça em sua cruz de degredo, superando a humana tradição de louvores vazios, para revelar o sepulcro sem nada dentro.

Sim irmãos espíritas brasileiros, não há justificativa para o medo de amar. Venceremos a morte quando vencermos nossa submissão aos sistemas injustos que destroem a obra da divindade em nome dos poderes terrenos.

Pelo amor incondicional de Jesus, que o ano novo nos encontre dispostos a renovar convicções, por amor aos pobres e vitimados, perseguidos e miserabilizados, dizendo não ao avanço do mal institucionalizado.

2 respostas

  1. O espírito da verdade já paira na pauta dos defensores do bem, da vida, do amor e da verdade para cumprir os mandamentos dos desígnios humanitário: “A separação final”, ninguém escapará do julgamento que vai separar de uma vez por todas o conceito original do bem contra a invenção do mal. Deus acima de tudo e a humanidade sob a proteção de sua própria invencibilidade ” O amor”.

  2. Saiba que existe leis que estão muito acima de ideias que sao muito mais a vontade e desejos humanos que não processa dentro realidade Divina.

    Por muito tempo… Sempre surgirão ideias que alito de renovação, alimentando posiçao de intelectualidade, trazendo alito de arrogância para suspeitar de identidade de vulto de influência de notória sabedoria e trabalho humanitário de vulto mundial.

    Quem é você camarada com Roupagem de ovelha, salvador da humanidade?
    Existe leis no reino da natureza física que são invioláveis. Nao venha com argumento tubercolinico com vítima da exclusao social.

    Não será permitido por todos os cidadãos de bem , que, á Imagem de jesus e a virgem maria seja enxurcalhada por pseudo artistas que abusam do radicalismo esquerdo pata. So existirá um único espiritismo, aquele trazido pelos espiritos de Luz, para ser o consolador prometido por jesus…

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