O Supremo Tribunal Federal deve começar, esta semana, o julgamento da lei alagoana, aprovada pela Assembleia Legislativa, do Escola Livre, encabeçada pelos deputados Ricardo Nezinho e Bruno Toledo.
Antes de chegar ao plenário do STF, a lei encontra resistências. Porque ela esconde uma caça às bruxas aos professores que falem, em sala de aula, sobre religião, política ou sexualidade.
Por causa deste debate, a extrema-direita brasileira passou a espalhar informações falsas- como imagens de mentira do kit gay ou casos (de mentira) de professores obrigando crianças a tocarem os órgãos genitais umas das outras.
Mas, o ridículo pode virar um monstro. E o professor brasileiro correr o risco de ser criminalizado numa falsa cruzada anti-comunista- em verdade, forma de coagir ou eliminar os dissidentes da futura era Jair Bolsonaro.
Entrevistado pela Folha de São Paulo nesta 2ª feira (26), Fernando Haddad falou sobre o programa: “O projeto Escola Sem Partido é um projeto autoritário que está nascendo dentro da democracia. O STF pode barrá-lo. Os pesos e contrapesos de uma República moderna vão operar? Se não operarem, você tem o modelo híbrido, com o autoritarismo crescendo por dentro. Estamos já vivendo em grande medida esse modelo”.
Lembrando que o ovo da serpente foi chocado na Assembleia Legislativa alagoana, onde opera desde o chefe da quadrilha que desviou R$ 300 milhões ao membro do Sindicato da Pistolagem ou o filho de mamãe e papai com histórico em crimes, premiados pelo poder público, cujo herdeiro é um sepulcro caiado.