Coaracy Fonseca é promotor de Justiça e ex-procurador Geral de Justiça
A Associação do Ministério Público de Alagoas realizou sua primeira eleição após anos de candidatura única, imposta pelo poder da ocasião.
Ser Oposição a quem detém o poder, apoiado por poderes transeuntes, não é fácil, é preciso coragem e determinação.
Não participei da campanha de nenhuma das Chapas legitimamente inscritas, mas sufraguei o meu voto na Chapa II, da Oposição.
O MP/AL, com essa eleição, ganha alma nova, pois a Oposição tem o dever de apontar as falhas do poder passageiro e lutar pelas prerrogativas da categoria, pela liberdade de consciência dos que não se amoldam ao perfil da chefatura.
A liderança forja-se na luta e aprende com ela. Conheço o MP/AL na palma da mão, além da tendência do eleitorado.
Conheço a cabeça do eleitor, ativo e inativo, este último fez a diferença, hoje.
Os colegas venceram, e venceram bem. Às vezes, uma aparente derrota é uma inestimável VITÓRIA MORAL.
O MPAL, nos mandatos seguintes a minha saída, mudou o seu perfil democrático e passou a viver sob uma mordaça invisível, a qual nunca me acostumei, por isso luto na Justiça e o no CNMP, no qual tramita várias representações de minha autoria.
A vida segue, novos ventos virão!