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Caso Diego Florêncio: 10 anos depois, réus estão soltos

Da esquerda para a direita: Juliano Balbino, Paulo Teixeira e Toninho Garrote. Foto: TJ/AL
Pais de Diego Florêncio no dia do Júri que condenou os réus- e eles estão soltos. Foto: TJ/AL

(Texto corrigido para retirada de informacão errada)

10 anos após o assassinato do estudante Diego Florêncio, de Palmeira dos Índios, os réus condenados em 1º grau pelo crime têm penas que somam quase 50 anos de prisão- mas estão soltos.

Em 14 de maio de 2014, o Tribunal do Júri, em Maceió, decidiu condenar Juliano Ribeiro, Antônio Garrote da Silva Filho (o “Toninho Garrote) e Paulo José Leite Teixeira (o “Paulinho do Cartório”) a cumprirem penas que, somadas, dão 47 anos, 15 meses e 15 dias de cadeia.

Mas, após o juiz John Silas bater o martelo, os condenados saíram pela porta da frente do fórum do Barro Duro, em Maceió.

Da esquerda para a direita: Juliano Balbino, Paulo Teixeira e Toninho Garrote. Foto: TJ/AL

Como está o caso hoje?

Toninho Garrote foi eleito vereador, pelo PP, em Palmeira dos Índios, mesmo local do crime; Juliano Ribeiro e Paulinho do Cartório tocam a vida como se nada tivesse acontecido.

Nesta terça-feira (20), o promotor do Ministério Público, José Antônio Malta Marques, se averbou impedido. Ele é irmão do desembargador José Carlos Malta Marques, relator do processo do assassinato de Diego no Tribunal de Justiça.

“Meu sofrimento é diário”, disse a mãe de Diego, Leoneide Florêncio. No apartamento dela, em Maceió, há fotos do filho espalhadas por todos os lados. “Carrego duas dores: o assassinato do meu filho e a espera pela Justiça”, resume.

Diego de Santana Florêncio tinha 21 anos quando foi assassinato com vários tiros de pistola, disparados pelas costas, em 23 de junho de 2007. Socorrido, foi levado ao hospital de Palmeira dos Índios. Era o mesmo dia, horário e local do plantão do pai dele, médico do hospital. Ele teve um choque ao ver o filho ensanguentado, carregado na maca. E desmaiou.

Diego Florêncio

Os autos do processo voltaram para a 47ª Promotoria Especializada Criminal da Capital. O caso deve ser assumido pelo promotor Anderson Cláudio de Almeida Barbosa

 

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