O que escrevo são sentimentos,
Do fundo da alma.
Escorrem por entre os dedos,
Segredos que eu não quero revelar,
Tristezas que não quero reviver,
Alegrias que ensejo recordar.
Quando ouso escrever,
Deixo-me sorver pelo desejo incontido,
De não me entregar,
De não sofrer,
De me curar,
É Caricatura de um poema Desenhado,
Por entre desérticos caminhos,
Descaminhos férteis de sonhos,
Na aridez do meu olhar.
Ofusco dentro de mim,
O caos,
Há aqui dentro uma calmaria ruidosa,
É irrefragável o medo,
De me reconhecer,
E me negar…
Simone Patriota
04/2018.
