Boa noite de sono preserva a memória e melhora a concentração e o aprendizado

Folha

A concentração é primordial na hora de assimilar conteúdos e uma noite de sono bem dormida é essencial para o bom desempenho no aprendizado. Aos que estão em ano de vestibular, cheios de ansiedade e estresse, respeitar a hora de dormir é um grande passo para driblar essa fase com sucesso e saúde.

A falta de sono prejudica muito a memória e por consequência o aprendizado. É mais difícil para as pessoas que convivem com esse problema memorizar dados, números e pessoas. O sono é fundamental para fixação das atividades do dia anterior e prepara o cérebro para as atividades mentais do dia seguinte.

No período pré-provas, um dos distúrbios do sono mais frequentes é a insônia, muitas vezes provocada por substâncias tomadas durante o dia. “É uma bola de neve. Os feras estudam na madrugada, durante o dia ficam com sono e tomam substâncias como guaraná em pó ou café. Isso vai atrapalhar no sono”, explicou a pneumologista especialista em Distúrbios do Sono do Hospital Santa Joana, Marília Cabral.

Segundo Marília, estudar durante a madrugada nunca será uma boa alternativa. “É muito difícil você inverter o horário do sono. Mesmo que você durma bastante durante o dia, mas nada se compara a noite. Eventualmente, tudo bem, mas fazer disso uma constante, não pode”, alertou.

Não há uma regra para o sono. É preciso ter bom senso. “A pessoa deve dormir por 6 horas, no mínimo. Muitos só se sentem bem dormindo 8 horas, isso é bem variado e cada um sabe o que é mais adequado ao seu organismo”, explicou Marília. As consequências da privação do sono vão além do déficit de memória, podendo acarretar problemas de saúde, como pressão alta, obesidade e diabetes. “O coração fica acelerado durante o dia, sendo muito comum a taquicardia e dor no peito. No sono, repousamos a mente, o sistema respiratório, cardiológico e a musculatura”, disse a especialista.

Exercícios

Lembre-se, nesse esforço continuo do seu corpo e mente, o cérebro fica sobrecarregado e é preciso ter certos cuidados com o órgão. Uma boa noite de sono não basta. É preciso a prática de exercícios, uma alimentação equilibrada e alguns exercícios específicos para o cérebro. Jogos de memória e quebra cabeças, por exemplo, melhoram a capacidade de atenção, memória, linguagem e raciocínio.

Segundo o neurologista Leandro Teles, ao jogar, você deve cronometrar o tempo que levou para encaixar as peças ou descobri-las. E depois, repita e veja o quanto você progrediu. Outros jogos que ajudam também são xadrez, palavras cruzadas, sudoku, dominó, jogos de perguntas & respostas e até baralho. Divertido e eficaz. Agora é só correr para os estudos!

 

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