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A (enrolada) história da fiadora da vacina, que envolve um alagoano do sertão

A CPI da Covid revelou a curiosa história de Geraldo Rodrigues Machado, de Pão de Açúcar (sertão alagoano), que é um dos antigos sócios da FIB Bank Garantias S.A.

Esta empresa foi fiadora de R$ 80,7 milhões, nas tratativas para aquisição da Covaxin. O valor da fiança é 5% do valor do contrato, de R$ 1,6 bilhão. O executivo da empresa, Roberto Pereira Ramos Junior, disse nesta quarta à CPI da Covid que o capital social da FIB Bank Garantias S.A. é de R$ 7,5 bilhões.

Só que…

Problema é que Geraldo Rodrigues Machado alega ter sido vítima de uma fraude. Ele só descobriu porque tentou comprar uma moto e foi informado da restrição de crédito.

Dias depois, foi demitido da empresa onde trabalhava e tentou o seguro-desemprego. Disseram que ele participava do quadro societário da FIB Garantias S.A. e não poderia ter acesso ao benefício.

Geraldo Rodrigues trabalha como vendedor externo. Nunca esteve em São Paulo, nunca assinou ata ou participou de reunião ou assembleia, referente a negócios da FIB Bank Garantias S.A.

Suas assinaturas, disse, foram falsificadas.

O dono…

A CPI investiga dois imóveis em SP e outro no Paraná, que integram o patrimônio bilionário da FIB Bank Garantias S.A.

Um deles não existe; o outro pertence a outras pessoas.

Na CPI, após a exibição do áudio de Geraldo Rodrigues Machado, o relator, senador Renan Calheiros, pediu a prisão de Roberto Pereira Ramos Junior, por mentir à comissão.

Transações desairosas

A suspeita é que a FIB seja uma das sete empresas cujo sócio oculto é Marcos Tolentino da Silva. O empresário é ligado ao líder do Governo, Ricardo Barros.

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