Exclusivo: Saúde e Educação terão indicações técnicas, diz Rui Palmeira

Em entrevista ao Repórter Alagoas, o novo prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), fala também do perfil de sua equipe

Ao lado do vice Marcelo Palmeira, Rui quer analisar contratos do lixo e acompanhar licitação do transporte público

de transição. “Serão três pessoas”.

Dois assuntos preocupam: um contrato de quase meio bilhão de reais assinado com empresas de lixo pelos próximos 20 anos e a licitação para as empresas de ônibus que será feita este ano e o senhor vai assumir os contratos. Como fica isso?

Claro que há uma preocupação com este contrato da licitação. Vamos buscar na transição saber sobre estes contratos. Estes contratos do lixo serão analisados à luz do Direito. Estão corretos? Ou não? Mas, claro, é uma preocupação grande.

Será uma guerra na Justiça, não?

Sim, será uma guerra. Sobretudo saber da legalidade destes contratos. Saber se há viabilidade jurídica. Sobre a licitação: tem o acompanhamento do Ministério Público, transparente, não vejo problema.

Pretende acompanhar isso?

É importante. Vamos solicitar as informações dentro do processo de transição. Temos de estar atentos, claro, buscando essas informações agora, com a equipe de transição.

Em maio do ano passado, Maceió tinha um hospital garantido pelo Governo Federal mas o dinheiro foi contingenciado pela presidente Dilma Rousseff. E as escolas em tempo integral foram prometidas, mas apenas uma funciona. Qual a solução?

Sobre as escolas em tempo integral, temos o programa do Governo Federal “Mais Educação”. Maceió já faz parte. Tem a escola Cecília Carnaúba. Vamos ampliar isso. Não vamos conseguir colocar toda a rede da noite para o dia, mas vamos paulatinamente.

Quantas pretende fazer a curto prazo?

O ideal seriam todas mas vamos buscar a princípio as áreas mais pobres e mais violentas. Hoje há 130 escolas no município. Com as informações mais apuradas, teremos como planejar em 2013. Não prometemos X escolas porque entendemos que precisa de mais base, mais informações. E, claro, a parceria com o Ministério da Educação.

E o hospital?

Não entendo que foi perdido. Esse recurso nunca chegou. Era emenda de bancada que nunca foi liberada. Mas, vamos buscar esta parceria com o Governo do Estado que tem total interesse. Hoje, o Hospital Geral do Estado está completamente saturado. É importante ter um hospital na região do Tabuleiro dos Martins. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, firmou compromisso em junho em Maceió de ter sua maternidade. Vamos buscar este apoio do ministro.

O VLT de Maceió funciona pela metade. O senhor quer outro que vai do Centro de Maceió até o aeroporto. Como o projeto vai funcionar?

Na verdade, não sou eu quem vou fazer. O projeto existe, foi aprovado no PAC da Mobilidade. R$ 280 milhões. Não é suficiente, o projeto é caro, custa R$ 1 bilhão. No próximo mês, o Governo lança edital com Parceria Público Privada. Certamente, só assim teremos o VLT. No que depender da Prefeitura, seremos parceiros do Governo do Estado e do Federal. Esse projeto é a grande saída para o nosso transporte coletiva e o trânsito.

Antes de assumir o 1º mandato, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) fez promessas grandes e caras na campanha. Em janeiro de 2007, as promessas foram desfeitas porque ele encontrou um rombo de R$ 400 milhões nas contas. Não teme ter feito promessas sem saber como estavam as finanças da Prefeitura de Maceió?

Temos que ter estas informações na transição. Esperamos que ela seja democrática e transparente para termos uma noção. Sabemos de alguns números que conseguimos pela internet. Precisamos de informações mais apuradas para sabermos a situação fiscal da cidade.

Qual o perfil de sua equipe de transição? E os nomes?

Comissão pequena. Até a próxima semana indico. Creio que três nomes são suficientes. Tenho pensado em alguns. O perfil: técnicos, conhecimento de gestão pública para uma transição de qualidade.

O senhor quer postos de saúde abertos e escolas em tempo integral. E vai conciliar uma equipe técnica e política. Como fará isso nestas duas áreas?

Vou indicar técnicos para as duas pastas.

O que são técnicos para o senhor?

Pessoas capacitadas e que entendam da área.

Médicos, professores?

Não necessariamente. Têm de ser gestores. Não pensei nos nomes.

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