É preciso que o Ministério Público de Alagoas saia do bastidor e venha a público para responder se houve ou não irregularidades na concessão de plantões a profissionais ligados ao secretário de Saúde, Alexandre Ayres.
Ainda que mais de 100 outros trabalhadores também tenham recebido por plantões em circunstâncias similares, em especial na pandemia, como alega o Governo, o caso envolve o componente politico-eleiroral.
As possíveis suspeitas de formação de um caixa 2, com dinheiro público, para a campanha de Ayres a deputado estadual estão dentro de outras suspeitas, envolvendo a saúde. Por duas vezes, a Polícia Federal cruzou os portões da Sesau. Filha e genro do então vice-governador, hoje prefeito de Arapiraca,Luciano Barbosa, foram presos.
Nada disso pode ser ignorado.
A posição de cautela máxima adotada pelo MP alagoano não pode ser confundida com blindagem para que eventuais culpados saiam ilesos. É preciso separar elementos a serem investigados e estratégias eleitoreiras. É o que se espera.