América Latina é nossa casa-mãe.
Temos todos nós, as similaridades das raízes coloniais, amargando a ontologia das nossas gentes.
Eis o palco da luta, da dor e também do adormecimento alienado de nossos irmãos latinos; que por outro lado, resistem à tirania e violentas repressões.
Se no Brasil os dias são opacos, obnublados por fakes news e explanações egóicas com tarjas de conservadorismo e moralismo, no Chile a rebelião é popular, por direitos, pela cidadania, que resumem vida humana digna!
Ingenuidade juvenil tira o sossego das arborizadas avenidas bolivianas, sob a vistoria experiente dos Andes. O grito contra a legitimidade do voto popular ilude quem não conheceu os tempos de PIB baixo.
Equatorianos mostram o rosto, a voz, o grito. É o neoliberalismo que oprime povos originários, no limite do suportável, provocando reações políticas em cada polo.
Argentina promete devolver moeda errada, em aposta mal feita nas eleições passadas. Sonha resgatar autonomia.
América do Sul sacudida pelos neoimperialistas interferindo nas vidas reais de todos nós, povo-irmão, com seus projetos predatórios, unindo política e vileza para nos roubarem sonhos e emancipações históricas.
Dores ontológicas são placas tectônicas em contínuo ir e vir. Um dia mexe mais, muda os cenários.
Onde quer que haja luta pela humanitária força dos projetos esquerdistas, haveremos de estar juntos, clamando em uníssono contra as forças parasitárias que estupraram esta América e não suportam vê-la amadurecer para cuidar de si mesma.
Até a vitória, com América Latina nas veias, sempre!
