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17 de julho trouxe adjetivos novos para o velho arrocho nos bolsos do funcionalismo

Vinte anos depois, o 17 de julho – dia em que milhares de servidores públicos, sob a mira de fuzis do Exército, ameaçaram invadir a Assembleia Legislativa, pressionando a queda de Divaldo Suruagy- virou, mesmo indiretamente, assunto para todos os governos que sucederam a fatídica administração de Suruagy, dos tempos em que administrar era colocar bilhetes no paletó dos chefes do Executivo com pedidos de empregos ou de dinheiro.

Pagar servidor em dia ou no mês trabalhado virou assistencialismo. O mote garantiu, por exemplo, a reeleição de todos os governadores- menos um: Mano Gomes de Barros, vice de Suruagy.

“Arrumar a casa”, “obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal” se incorporaram ao dia a dia do alagoano e, principalmente, do servidor público.

Concurso público, controle nos gastos são repetidos ou como promessa de campanha ou como um pedido de confiança a quem, de candidato, assumiu a máquina.

Os prefeitos também copiaram a cartilha- que quase sempre arrocha mais o bolso do funcionalismo.

Claro que este discurso não aparece durante a eleição, quando o mundo dos sonhos ou do dinheiro farto vira obras erguidas em telas de computador, para desfrute dos olhos.

Porém, fato é que o trauma do passado virou fonte para os criativos marqueteiros que, ao longo dos anos, lambuzam as campanhas.

Até quando? Ou o passado ser esta sombra ou por onde a imaginação do eleitor alcançar.

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