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Yanomamis: quem deixou matar, participou da morte

Este é o exato momento para abrir as caixas da comoção mundial em apoio ao nosso presidente Lula, que se torna a cada dia um elemento político fundamental para o fortalecimento político e econômico dessa América.

A fome, doença e morte se tornaram partes do cotidiano brasileiro de uma forma que já não despertava a sensibilidade, pois a guerra de narrativas afastou o brasileiro comum da margem sensível da vida.

A tragédia etnocida dos Yanomamis trouxe a carga amarga impossível de negar.

Engolir essa política assassina como parte da leniência, conivência e conveniência institucional brasileira é mais árduo do que derramar verbos inflamados sobre o ex-presidente, que sendo culpado, não o foi sozinho.

As instituições brasileiras precisam ser responsabilizadas, suas plataformas de corte precisam ser revistas, esse silêncio cúmplice deu poderes a um genocida confesso.

Os minutos de respiro devem aliviar a pressão como um bueiro entupido faz na hora da enxurrada.

Esse lixo histórico pode diminuir as tendências de justificar omissões, que são bases de toda infeliz anistia que a  história brasileira comporta.

Quem deixou matar, também participou da morte.

 

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