O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, falou em atirar para matar o ministro do STF Gilmar Mendes e, em seguida, cometer suicídio.
O assessor de um deputado estadual do PSL do Ceará posta nas redes sociais com tiros dados em uma foto do ex-presidente Lula, à beira de conseguir o regime semi-aberto.
Filhos de Jair Bolsonaro exibem armas e a própria campanha presidencial gesticulava o símbolo da morte.
As instituições públicas do Brasil querem naturalizar a violência.
O governador do Ceará defende aprovar uma lei antiterrorismo para enfrentar criminosos no Estado.
Witzel, no Rio, alcança altos índices de popularidade ao comemorar o massacre de pobres e negros pela polícia.
Nem juízes nem desembargadores nem promotores ou procuradores de Justiça desenvolvem uma estratégia nacional para discutir a incitação à violência.
Isso significa que todos esperam o leite derramar, o que levaria à lei de Talião.
Todos mostram que vale a pena ter uma arma em casa nem que seja sem registro.
E resolver os seus problemas sem precisar de mediadores.
Basta ir lá e atirar.
O silêncio das instituições é também crime de omissão.
Por que temos de relativizar as garantias democráticas?