Viva o aposentado!

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Calendários são instrumentos para que contemos o tempo e, mais especificamente, servem para que homenageemos fatos, situações ou pessoas. Neste 24 de janeiro, nosso preito se dirige ao aposentado, homem ou mulher que, em face de alcançar determinada idade ou cumprir certa quantidade de tempo laboral (ou de contribuição), tem a garantia de não precisar mais trabalhar, mas continua recebendo seus vencimentos (totais ou proporcionais). A data vincula-se à criação do Sistema Previdenciário Social no Brasil, (1923). Vale dizer, também, que a aposentadoria pode decorrer de eventos imprevistos (doença ou acidente).

É comum presenciarmos o descaso para com os aposentados – tanto quanto para com os idosos, em geral – seja porque muitos consideram que o elevado número de servidores inativos é a causa do déficit do sistema previdenciário, ou, então, a elevação dos padrões de expectativa de vida (aumento do número de idosos), gera, em consequência, a necessidade de atuação dos programas (públicos e privados) de saúde, assistência e previdência social, importando em novos e continuados investimentos.

Idealmente, a aposentadoria deveria ser sinônimo de prazer e bem-estar, em face de um “prêmio” ou “recompensa” àqueles que se dedicaram ao engrandecimento de empresas e labores profissionais, à evolução da administração pública e o desenvolvimento de um país. Ao invés de ser “descartado” ou esquecido, o funcionário experiente deveria ser guindado ao posto de consultor ou ouvidor, a fim de poder transmitir aos neófitos e aos que ficaram, a experiência de suas capacidades e habilidades, encurtando o caminho para o sucesso (empresarial ou governamental).

Neste dia, em especial, gostaríamos que a Sociedade e, especialmente, os poderes constituídos, pudessem refletir acerca do que é preciso ser feito para assegurar aos aposentados uma melhor condição de vida, com dignidade, conforto e proveito. Se é notório que investimentos precisam ser implementados, somente a partir do planejamento das ações necessárias é que se concretizará a efetiva valorização do aposentado, seus direitos e prerrogativas, avaliando, com critério, a necessidade do emprego de recursos a médio (e a longo) prazo, evitando-se o estrangulamento do sistema previdenciário. Todos, pessoas físicas e jurídicas, empresas e entes públicos precisam participar, sem “jogo de empurra” e sem transferência de responsabilidades.

Quem dará o primeiro passo?

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