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Vamos falar sobre espiritismo e política?

Uma vivência societária baseada em desejos de amor, não é apenas uma poesia. É necessidade concreta de superação do primarismo, pois é da sanha animalesca de domínio de territórios e formas de vida que surgem as disputas ferrenhas, conflitos armados, guerras.

Como pessoa espírita encarnada neste século de desafios próprios, reconhecemos que “amadurecer politicamente é um caminho de redenção global pelo qual nós precisamos trilhar nesta hora, considerando sua importância para o planeta e para todas as formas de vida que nele pulsam”.

A maturidade política não se ganha em sorteio de redes sociais.

Não se trata de um fenômeno modista.

Pede outros cultivos, empenho na postura filosófica para além dos próprios umbigos e confortos, em perspectivas de intenso anonimato, na busca pela semelhança e estudo das distinções. Não urge comoção, mas sensibilidade social e reflexão contínua.

“Neste propósito redentor, Espiritismo e política não se confrontam nem se repelem, mas pelo contrário: podem fortalecer uma perspectiva social nova, com base em uma ética educativa que qualifique as relações humanas e planetárias”.

Estamos preparados para falar sobre isto?

“A linha evolutiva nos agarra, nos envolve e espera de nós a consciência que liberta e emancipa”. O exercício será longo, pois nada disso acontece nas plataformas virtuais, e encontra o endereço de todos nós, coletivos humano/espirituais em aprendizados incessantes.

“O ensejo educativo das encarnações não cessa, mas o ritmo, a capacidade de assimilação e escolhas de cada ser é algo muito próprio”, ainda que aconteça no imo das relações com variadas e complexas coletividades. Pois a autoidentidade é uma chama luminosa que entre todas as luzes não pode perder a si mesma, assim nos chamamos espíritos.

“Este despertar não opera cisões entre humanidade, sociedade e espiritualidade. Antes, integraliza e desnuda as necessidades de reeducar as sociedades no intuito de gerar riquezas em benefício da vida em abundância, que inclui espécies e biomas em todos os reinos catalogados”.

Enquanto não admitirmos esta possibilidade de cultivo político/espiritual um toque cinza de ontem escurecerá o hoje, por mais que nos dediquemos à contemplação, a atitude nos aguarda.

O não imaginado pode se tornar o paraíso na Terra. Mas será político, como a tormenta que grassa também é. No entanto, teremos conseguido vencer os medos e dominar o arbítrio sem átrios, púlpitos e tribunais.

A era do Amor poderá nascer?

Quem ousa afirmar, quem ousa negar?

 

Fonte bibliográfica: LAURINDO, A. C. Deus e Política – Enredo da morte no Brasil. Maceió: Aruá Cult. 2020

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