Nem Mozart nem João Lyra: para Almeida, voto é 'secreto'

E Renan Calheiros corre por fora: apoia Ronaldo Lessa; Carimbão teve start de campanha mais luxuoso, até agora

O recado do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros- dado através do deputado Olavo Calheiros (PMDB)-

Cícero Almeida: final de mandato e a falta de "herdeiro" para Maceió

pressionando o prefeito Cícero Almeida (PP) a decidir seu voto entre o secretário de Infraestrutura Mozart Amaral (PMDB) ou o deputado federal João Lyra (PSD) fez Almeida se rebelar, no “chapão”- naquilo que pode ser a primeira demonstração pública de que as costuras do grupo Renan/Almeida estão longe do entendimento. Um quadro que preocupa calheiristas, lyristas e faz o Palácio República dos Palmares suspirar aliviado: a crise nas hostes da oposição favorece os candidatos do Governo.

Entrevistado na última terça-feira, instantes antes do lançamento do programa “Crack, É Possível Vencer”, no Centro de Convenções Ruth Cardoso, o prefeito demonstrou irritação com a fala de Olavo Calheiros: “Eu nem falo pelo doutor João Lyra nem pelo Mozart. O Olavo não pode cobrar de mim essa posição, que tem de ser dada pelo presidente do PMDB, o senador Renan Calheiros”, disse.

 

Mozart ouve Cícero Almeida: a difícil tarefa de entender o lado do prefeito

E em quem vai votar nas eleições deste ano? “Sou cabo eleitoral e sei em quem vou votar no processo de 2012. O voto é secreto. Pela primeira vez não declaro meu voto”, afirmou.

Diante da insistência na pergunta, disse que vai subir “no palanque daquele que a sociedade entende ser o melhor para Maceió”. Mas, não deu pistas nem que seu voto vai para Mozart Amaral ou para João Lyra.

Na terça-feira, Almeida dividiu espaço com o deputado federal Givaldo Carimbão (PSB)- “lançado” pelo Governo na disputa à Prefeitura de Maceió.

As declarações de Olavo Calheiros foram dadas na semana passada. E ele disse, com todas as letras, que Cícero Almeida precisa escolher qual dos palanques sobe na eleição deste ano: Mozart Amaral ou João Lyra. O PMDB não aceita um plano B, por exemplo: ser vice de JL, padrinho de campanha do chefe do Executivo Municipal.

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