Rita Lee, a rainha debochada e caseira, resumiu SP e queria cantar com Chico Buarque

A rainha do rock brasileiro (título que detestava) ou padroeira da liberdade (como se intitulava), Rita Lee, que morreu nesta terça, 9 de maio, aos 75 anos, se confessava caseira e após o nascimento da neta Ziza considerou, pela 1a vez, “a caretice ser a maior loucura de todas”.

Entrevistada por Geneton Moraes Neto pouco antes de completar 60 anos, Rita Lee, a “mais completa tradução” de São Paulo, segundo escreveu e cantou Caetano Veloso que, aliás, confessou sentir inveja. Descobriu que Caetano também a invejava.  “Invejoso que inveja outro invejoso tem 100 anos de inspiração”.

Debochada, irreverente, conta que ao subir no palco num dos shows tirou sarro de famosa cantora. Descobriu que pagou mico: ela estava na plateia. Rita Lee, ao estilo, chamou a cantora para dividir o show. A roqueira era um espetáculo à parte.

Caseira, confessou que odiava shopping center, “pagava para não sair de casa”. Pintava o próprio cabelo e gostava da fase do envelhecimento: queria ser uma perua e uma feiticeira.

Sonhava em brincar com Chico Buarque “e aquellos ojos verdes”. O brincar era compor e cantar. O estilo de Chico é bastante diferente mas Rita queria exatamente essa aventura. “Chico se expressa bem no feminino”.

Rita Lee,

.