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Repúdio ao Brasil sangrento de Bolsonaro

Amadurecer as análises é quase uma consequência cotidiana. Desde que o ódio ocupou o podium no Brasil das esperanças, que o desespero distribui mazelas pelos cantos do país, em formas variadas de violações e perdas.

Não há um único quesito social e humanitário que não tenha sido afetado pela presença de Bolsonaro na presidência do Brasil.

Seguimos perdendo.

Alguns perderam empregos, moradias, direitos adquiridos; mas ainda há os que perderam credibilidade, respeito, moral e ética, no entanto, perder a vida tem sido o registro mais escabroso destes dias, em um tempo histórico que começou com narrativa de que seriam necessárias “algumas mortes”.

As mortes por covid-19 tidas como responsabilidade de um governo insano, que debochou do sofrimento respiratório dos doentes graves e chamou um vírus letal de gripezinha, jamais sairão da conta desse presidente, mas infelizmente, elas não são circunscrita à pandemia; o tempo de matar por arma de fogo também está aberto, liberado

O número de feminicídios espanta os observatórios de violência, pois a misoginia do governo reflete sangue e choro nos lares, nos relacionamentos.

Zonas de tensão foram estimuladas nas florestas, onde fogo, mercúrio, e requintes de crueldade aplicados sobre os povos originários viraram mote de acúmulo de riquezas para os que já são ricos.

Quem poderá denunciar estes crimes?

Ativistas das causas ambientais, indigenistas, jornalistas, escritores , quiçá outras vertentes de comunicadores. No entanto, o território que nunca foi alcançado de fato pela democracia, se tornou cada vez mais proibido e maldito, alimentado pelo medo da morte naturalizada.

O governo de Jair Bolsonaro não ganhou a insígnia de “genocida” atoa.

Ele aparelha a truculência e desaparelha órgãos de competência legal.

Favorece o uso da força letal sobre qualquer forma de vida, em nome do lucro, da exploração, das negociatas trevosas com o universo predatório liberal.

O país que chora emocionado com cenas de novelas, estaria fugindo de si mesmo no espelho?

Temos razões para muito mais choro e luto do que tem sido possível admitir.

Porque a saúde mental também está defasada, por sabermos que vivemos em uma guerra não declarada, que pode vitimar qualquer um de nós, a qualquer instante. As formas de matar e morrer estão ampliadas.

Se ainda estamos vivos e capazes, não podemos esmorecer na luta contra esse governo!

Um povo desperto pode muitas coisas. Despertemos para a batalha coletiva em defesa da vida, antes que apaguem o brilho da nossa.

Esta página sangrenta precisa ser superada.

Manifestemos o repúdio pela naturalização da morte evitável, matada, induzida, banalizada!

 

 

 

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