Na campanha, JHC assumiu o discurso imediatamente oposto ao do atual prefeito Rui Palmeira, tendo como alvo os Calheiros.
Vestiu a roupa que todo mundo usou: a da nova política, com novos métodos políticos. E como tantos outros que se espalharam pelo Brasil, não tinha uma proposta factível para administrar a cidade.
Mas era campanha eleitoral e a deste ano só não teve- pelo menos publicamente- o mesmo material que jogaram na Geni. Como exigir um projeto para Maceió num campanha que era mar de lama?
Quase um mês após a vitória de JHC, o secretariado não foi anunciado. Conhecemos um novo prefeito, aquele que a campanha não mostrou: fechado em gabinetes, longe das representações sociais, distante dos moradores do Pinheiro, Mutange, Bebedouro, beira da lagoa.
Assistimos a um museu de novidades: o anúncio da renegociação dos contratos (óbvio ululante); auditoria nas contas e economizar são coisas que estamos cansados de saber porque os que ganham dizem a mesma coisa (basta dar um Google em outros gestores); a Escola Nacional do Turismo é uma promessa de Jair Bolsonaro- o mesmo que inaugurou a obra hídrica fake de Piranhas.
O impalpável e o repetitivo viraram programa de Governo.
E os problemas de Maceió seguem acontecendo.
Isso deve bastar ao futuro prefeito porque ou ele sabe disso e guarda a apresentação das melhores ideias no primeiro dia de janeiro ou teremos um início perturbado de administração, como vemos hoje na demora em listar todo o secretariado- e que a equipe blinda a todo custo para evitar o desgaste.
Leitor da Bíblia, Jota talvez lembre do apóstolo João: “Não amemos de palavras nem de língua, mas por ações e em verdade”.
Ou não é?