“Não vai ter vacina para todo mundo, digo isso sempre. Então, quem não quiser vacina, tem quem queira”.
O aviso é do prefeito de Maragogi (Alagoas), Fernando Sérgio Lyra, que é médico e está tendo muito trabalho com os profissionais da saúde que se negam tomar o imunizante, mesmo estando no grupo prioritário dos que receberão a vacina.
“Quem não aceita tomar a vacina, assina um termo. Fazer o quê? Não posso obrigar. Quando houve epidemia de febre amarela, um ministro da Saúde obrigava o povo a se vacinar. Hoje não é assim”.
Maragogi e Pilar são duas cidades alagoanas em que, oficialmente, os prefeitos admitem que autoridades da saúde na linha de frente do combate ao coronavírus estão se negando a tomar a vacina. Uma minoria, dizem.
O caso foi mostrado ontem pelo blog. Desde então, gestores públicos vêm tomando atitudes mais duras contra os negacionistas.
Em Atalaia, a prefeita Cecilia Rocha faz com os profissionais assinem um termo, oficializando a negativa.
Em Pilar, o prefeito Renatinho vai publicar no site da administração municipal o nome das pessoas que tomou a vacina.
“Com um presidente que nega a vacina, o que eu posso fazer?”, pergunta o prefeito de Maragogi, Fernando Sérgio Lyra.