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Quem escreve não morre Luiz Sávio de Almeida

Sou das crônicas e tu das histórias, caro alagoano, largo contador de causos e pesquisador de povos.

Pesquisador que não se encanta com os linguajares do poviléu, dele desconfio eu.

Nunca foi teu caso, mesmo quando premiavas alguém com tapioca, carregavas milhares em tuas narrativas.

Hoje aquele colar feito de dentes de jacaré que ganhastes de um pajé rompeu pela segunda e definitiva vez, te levando ao encontro dos encantados, protegido pelos cantos e fumaças cheirosas dos irmãos perpetuados em minorias, neste país de maiorais desencantados.

Assim como hoje estou longe mas me sinto perto de todos os que choram tua saudade, sei que seguiremos próximos, em alagoanidades e outros desejos circulares, entre irmandades atemporais, escrevendo tempos e eternidades.

Professor tornado amigo, crítico, leitor, assim foi nossa relação; eu aluna, leitora, reclamando a injustiça daquela nota sete que tanto nos fez sorrir.

Essa tapioca não vai ser consumida jamais!

Leva teu prêmio de contador de histórias reais e entra na eternidade como grande homem intelectual, que premiou Alagoas com nascimento, vida e encantamento.

Quem escreve não morre Luiz Sávio de Almeida.

 

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