Alagoas oscila entre a modernidade conservadora e o plantio de cana, sua característica mais intensa vinculada à casa-grande e também às suas senzalas.
Na economia segue opressora e nas relações políticas está dominada por oligarcas e pequenos donatários interioranos.
Portanto, emancipar-se é algo por fazer.
Talvez o símbolo mais forte do que é Alagoas em 2024 seja um treminhão circulando pelas rodovias, atrapalhando o trânsito, arriscando vidas e seguindo impoluto por cima de qualquer obstáculo ético que a civilidade possa ousar erguer.
Ou seja, é um museu de novidades, mas em alguns períodos o chicote toca mais de perto a pele do trabalhador.
Apelidado carinhosamente pelo povo de “Romeu e Julieta”, o treminhão carrega até 4 ou mais carroças, mostrando que existe espaço para arrastar Montecchios e Capuletos mais a aia e outros servos.
Se aprofundar Alagoas atrasa tanto, que é melhor ficar no período shakespeariano.
Ao futuro, então!