O grupo islâmico xiita Hezbollah ganhou evidência após a prisão de dois brasileiros acusados de planejar ataques à comunidade judaica no Brasil. A fim de desmontar o esquema terrorista, a Polícia Federal deflagrou a Operação Trapiche na última quarta-feira (08), com a colaboração das forças de segurança e inteligência de Israel e EUA.
No entanto, a história do Hezbollah é mais antiga.
O nome do grupo significa “partido de Deus” e surgiu como resposta às ações de Israel no sul do Líbano em 1982. Inicialmente, seus predecessores eram liderados por xiitas no país, que se separaram do Movimento Amal e formaram o Amal Islâmico, apoiado pela Guarda Revolucionária do Irã. Ao longo do tempo, essa organização se uniu a outros grupos e se transformou no Hezbollah.
Portanto, uma característica importante do Hezbollah é sua oposição militar a Israel, compartilhada com o grupo sunita Hamas. Durante a guerra civil síria, os dois grupos lutaram em lados opostos, com o Hezbollah apoiando o presidente sírio Bashar al-Assad, enquanto o Hamas buscava derrubá-lo.
Embora tenham correntes diferentes do Islã, o Hezbollah e o Hamas compartilham interesses contrários a Israel. Sob a liderança de Hassan Nasrallah, o Hezbollah tem ganhado influência política e militar no Líbano desde 1992.
É considerado o partido político islâmico xiita mais poderoso do país e possui poder de veto no Executivo. Embora algumas pessoas vejam o Hezbollah como uma ameaça à estabilidade do Líbano, ele continua sendo popular entre a comunidade xiita libanesa.
Além de sua influência política e militar, o Hezbollah também oferece serviços sociais no Líbano, o que o torna uma milícia considerada um estado dentro do estado e alvo de críticas. Suas capacidades ultrapassam até mesmo as do Exército libanês.
