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Queima da cana e a prevaricação de setores do MP, Judiciário e fiscais do trânsito

Começou a safra das usinas de açúcar e álcool em Alagoas e, no pacote, agressão ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

É também a época do silêncio (conivente) de integrantes do Ministério Público Estadual e Federal, autoridades da Justiça e até os fiscais do trânsito.

O que mostra o seguinte: os usineiros podem continuar fazendo tudo. Porque há quem limpe a sujeira deles, há quem os proteja, há quem finja não ver, não sentir o cheiro, não perceber os efeitos públicos da atividade sucroalcooleira sem nenhum controle de autoridades bem pagas pelo dinheiro público para ignorarem uma ainda destrutiva cultura colonial.

Existem discussões aqui e ali no Brasil para o fim das queimadas nos canaviais, em nome da saúde do povo.

Justiça e MPs em Alagoas, porém, vão na contra-mão, sinalizando que vivemos em uma província.

Ruim quando as coisas são assim.

Onde está o direito à saúde, escrito na Constituição? Quem controla o uso indiscriminado de agrotóxicos? Quem fiscaliza as sucatas chamadas de caminhões de transporte da cana nas estradas?

Ninguém, e essa é uma resposta dura, cruel e reveladora da submissão de órgãos extremamente necessários exatamente neste momento de pandemia, quando hospitais e unidades de saúde nas áreas de safra da cana estão priorizando atendimento aos doentes por Covid-19.

Acreditem: pegar uns gravetos nos restos de mata ainda não destruídos pela usinas leva para cadeia os mais pobres.

Já a queima da cana pelas usinas tem uma homenagem bem mais generosa: a prevaricação.

E quem pune os prevaricadores?

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