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Quase completa a profecia das 100 mil mortes

Estarei sendo mística ou Bolsonaro está quase completando a profecia das 100 mil mortes?
Sim, foi ele mesmo quem banalizou a possibilidade de cem mil mortos em seu governo quando ainda estava nos palanques!
Seria uma espécie de maldição endereçada aos comunistas, homossexuais, mulheres, negros, ativistas sociais e afins. Mas este povo brasileiro selecionado não se tornou o único alvo da pandemia facilitada por Bolsonaro.
Estarrecidos estamos todos os que continuamos humanos, diante de mais de 90 mil óbitos confirmados por Covid-19.
Já esgotamos o arsenal de mágoas entre familiares e outros; acusações entre religiosos, amigos de trabalho, vizinhança, amigos de infância.
Talvez nos reste responsabilizar as instituições, mas elas estão isoladas por cordões de proteção e os clamores das cidades não alcançam seus ouvidos.
É neste cenário de abate que estão querendo levar professores e alunos de volta às escolas e eleitores às urnas.
Porque morreram poucos ricos e muitos pobres, a pandemia está sendo banalizada na mesma proporção que cresce o número de mortes.
O estímulo ao consumo acirrou, agora eles levam na porta, na portaria, porque os empresários precisam dobrar suas fortunas nestes dias!
Se alguém está se sentindo muito confiante no amanhã é porque não mora no Brasil ou de Brasil nada está a entender.
Estamos dormindo para acordar tensos ou saindo nas ruas sem máscaras para negar a tragédia.
Vamos nos dando conta de que Bolsonaro adoeceu o Brasil de tal maneira que cada um de nós tateia como pode para defender a própria vida, sem falar na imensidão negacionista que da vida já desistiu e aposta na sorte.
Nem a esquerda consegue afinar com a realidade e entra ensandecida na disputa por votos de indivíduos que poderão já ter morrido quando as eleições chegarem, e não desafina do jogo perverso.
Ser brasileiro vivo será a maior façanha que podemos lograr conquista a cada dia?
Estamos em campo ou na reserva?
Quem está apitando este jogo macabro que liberou Bolsonaro para nos matar?
Se não pudemos segurar a mão de ninguém, insistimos em segurar a esperança!
Talvez um cordão mais forte feito de vozes nos alente.
Precisamos gritar juntos!

2 respostas

  1. Triste o texto e lamentável, ms é a pura e cruel realidade. O brasileiro tá quase um salva se puder.

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