Psicólogos se solidarizam com servidores coagidos em greve na educação

Um coletivo de psicólogos, que lutam pelo fortalecimento da profissão em Alagoas, emitiu uma nota de solidariedade após publicação de áudios em que uma mulher coage servidores da educação do estado a trabalharem durante a grave. (veja aqui)

Na nota, o coletivo enfatiza a necessidade de humanização dos ambientes de trabalho e valorização da subjetividade do trabalhador. O “Psi na Luta” reivindica ainda a implementação da Lei 13.395/19, que torna obrigatória a atuação de psicólogas (os) e assistentes sociais nas redes de educação básica.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DE SOLIDARIEDADE AOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE ALAGOAS

O coletivo Psi na Luta, formado por psicólogas (os) alagoanas (os) comprometidas (os) com a luta dos demais trabalhadores do estado, vem a público manifestar sua solidariedade para com os servidores da educação vítimas de pressão psicológica pela Secretaria de Estado da Educação – Seduc/AL.

Em matéria veiculada no Portal Repórter Nordeste na tarde desta quarta-feira (14), áudios que circularam em grupos de educadores do estado mostram que houve coação por parte de gestores da educação estadual contra os grevistas.

Nos áudios, que foram vazados por um denunciante anônimo, uma suposta gestora zomba dos trabalhadores da educação e naturaliza a prática de demissão de servidores contratados que aderissem à greve.

A reportagem mostra ainda, através do depoimento de um professor, que a saúde mental dos servidores da educação pode estar sendo comprometida com tais práticas.

Desta maneira, somamos na luta dos educadores por melhores condições de trabalho e valorização salarial e repudiamos veementemente as práticas sistemáticas de coação denunciadas.

Reafirmamos o nosso total apoio às reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas – Sinteal, que motivaram a deflagração da greve da educação em 24 de agosto deste ano, logo em seguida reprimida pelo governo do estado.

O coletivo reitera a necessidade de humanização dos ambientes de trabalho e valorização da subjetividade de quem trabalha. Reivindicamos ainda que a Lei 13.935/19, que torna obrigatória a atuação de psicólogas (os) e assistentes sociais nas redes de educação básica seja devidamente cumprida em Alagoas pelos órgãos competentes.

BASTA! Nós, trabalhadores, não aceitaremos mais assédio moral e violência psicológica que se utiliza do medo através de ameaças e censuras.

PSI NA LUTA
14 de setembro de 2023

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