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Por que regulamentar os táxis-lotação mexe no valor das passagens de ônibus em Maceió?

Por que ônibus aos pedaços podem circular em Maceió, largando seus despojos na faixa azul da avenida Fernandes Lima, e os táxis-lotação são proibidos?

Veja como é curioso: existe uma lei municipal que proíbe as catracas altas nos ônibus. Outra lei municipal que obriga as empresas a implantarem Wi-Fi nos coletivos.

A aplicação da lei não é respeitada. Quem fiscaliza a lei finge não fiscalizar. Quem deveria aplicar a lei finge que não aplica.

Empresas de ônibus na capital devem R$ 23 milhões (números de janeiro deste ano) no pagamento de outorga para a SMTT.

Por que ainda circulam, se estão na ilegalidade?

O presidente do Tribunal de Justiça, Tutmés Airan, conversou nesta 4a com os taxistas “clandestinos”. E propôs a regulamentação do transporte de lotação.

Para isso, eles têm de apresentar o projeto ao presidente da Câmara, Kelman Vieira.

O quê é regulamentar? É retirar da informalidade esse tipo de transporte, que pagará impostos e circulará em áreas previamente acertadas pelo poder público.

E quem fizer lotação não poderá ser táxi comum.

São 400 táxis que fazem lotação na capital, segundo números deles mesmos.

Regulamentados e circulando pelas ruas, os táxis-lotação colocariam em prática uma regra que os liberais adoram: o livre mercado para a diminuição do valor da passagem nos ônibus.

Mas os nossos liberais só são liberais para atender aos interesses deles mesmos.

E manter o monopólio do transporte urbano para os gigantes empresários dos ônibus é, também, construir pontes entre os cofres destas empresas e o financiamento de campanhas eleitorais.

Que se regularmente o transporte dos táxis lotação na capital. Ou que a SMTT assuma sua condição de defensora dos interesses das empresas. Uma patifaria porque a superintendência é gerida por dinheiro público. Mas opera para o setor privado.

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