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Por que Bolsonaro quis mentir na ONU?

Jair Bolsonaro mentiu ou quis mentir na ONU?

Sua estratégia de comunicação é falha ou funciona tão bem que todos os jornais compraram a mesma mensagem: a de um presidente-Pinóquio, alguém que construiu um Brasil à sua imagem e semelhança, apresentada, sem surpresas, no palco das Nações Unidas?

Por que Bolsonaro e Donald Trump usaram a mesma estratégia, um depois do outro, na ONU, mentindo do mesmo jeito, como se tudo fosse combinado? Ou seria uma estranha coincidência?

Existem coincidências na geopolítica da Terra?

Em 2019 e 2020, Jair Bolsonaro falou, na ONU, da Venezuela e a ausência de democracia no país latino, segundo ele.

Acrescentou que o vizinho é responsável por jogar óleo na costa brasileira. Não há provas sobre isso mas o dito é mais uma carta no baralho discursivo contra a Venezuela.

Mike Pompeo, secretário de Estado norte americano, disse em Boa Vista em recentíssima visita ao Brasil: a Venezuela “deu refúgio seguro, ajuda e abrigo a terroristas”.

Discurso que prepara o mundo para uma justificada salvação cinematográfica dos EUA ao povo venezuelano e seus magníficos poços de petróleo.

Jair Bolsonaro privilegia a execução orçamentária para a área militar. É a primeira vez que o orçamento da Defesa será maior que o da Educação. Para quê? Estamos em guerra contra quem?

Generais integram o Governo em todas as áreas. Quantos mais cabem numa administração cujo projeto de poder é destruir, acabar, queimar, silenciar?

Militares não estão incluídos na reforma do Estado, arrochando salários e benefícios a servidores públicos federais.

Por que?

Tudo pode ser coincidência. Ou tudo fazer sentido.

O primeiro dos 36 caças Gripen comprados pela Viúva está no Brasil. Sua passagem pelas ruas de Santa Catarina atrai curiosos e fanáticos de um ufanismo misturando amor ao Brasil e continência à bandeira americana.

Rápida pesquisa na internet diz que este caça é conhecido como um computador voador, fabricado na Suécia (que desenvolveu tecnologia aérea temendo invasão da então União Soviética) e que realiza diversos tipos de missão num só voo: ataque ao solo, no ar e no mar.

Quem o Brasil se prepara para atacar?

Bolsonaro, na ONU, soube bem como dizer isso. Não é somente o Gabinete do Ódio quem está funcionando, ainda que desfalcado, porém vivo e ativo. Há uma estratégia em curso e com bastante apoio americano, nas barbas das instituições brasileiras, cujos caracóis estão de molho.

Qual o tamanho de tudo isso que vem por aí? Os sinais vão indicando algo muito ruim para acontecer. Aos olhos de todos nós.

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