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Por que a banda podre das polícias desmente o ministro Luis Roberto Barroso?

Luis Roberto Barroso, ministro do STF e presidente do TSE, disse que o Brasil tem “um presidente que defende a ditadura e a tortura”.

Ou seja: trata as declarações de Jair Bolsonaro como “manifestações retóricas e autoritárias”

As declarações de Barroso foram dadas em 26 de agosto.

No dia 28, o motoboy, negro, André Andrade Mezette, de 29 anos, foi fazer a entrega de uma pizza na região do Tremembé, zona norte da capital paulista.

Depois de uma entrega, o motoboy parou e resolveu fumar um cigarro de maconha.

Um policial à paisana viu e deu duas coronhadas na cabeça dele. Levou dois pontos.

Foi chamado ainda de verme, arrombado.

A delegacia registrou BO. Só com a versão do policial. O motoboy foi indicado por roubo tentado.

No mesmo dia, 28 de agosto, no centro de São Bernardo do Campo (São Paulo), guardas civis estavam apreendendo máscaras que eram vendidas por um homem e uma mulher na rua.

A auxiliar de limpeza, Tamira Passos Silva, 29 anos, negra, grávida de 3 meses, estava com o marido e o filho de 4 anos. Viram e pararam para ver e cena. O marido foi agredido; ela recebeu um cassetete no rosto, que cortou a sua boca.

As chances do ministro Barroso ser agredido por um policial são mínimas. Ou nulas.

Talvez por isso, para ele, Bolsonaro apenas esbraveje ao defender a tortura e mais métodos do cardápio autoritário, incluindo a vontade de “dar um porrada” em repórter.

As vítimas de policiais cheios de ódio e aplicando cuidadosamente o bolsonarismo nos mais pobres, sabem que o ministro está errado.

O sangue e os pontos não são retórica, senhor ministro.

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