O deputado Bruno Toledo é vítima do senso comum, que vem tomando conta da classe política com mais voracidade após a eleição de Jair Bolsonaro.
O modelo bolsonarista, aliás, é seguido à risca pelo jovem parlamentar. E isso acaba lhe valendo constrangimentos desnecessários, como a convocação de um professor para explicar a esdrúxula escola sem partido. Uma semente autoritária, baseada no “fantasma do comunismo” que assola escolas alagoanas.
Talvez Bruno nem tenha lido o famoso texto de Marx. E nem seria preciso porque ele voltou a se envolver em uma bobagem, ao idealizar um projeto de lei que regulamenta a comercialização, disponibilização e do consumo de bebidas alcoólicas em estádios .
A Assembleia adiou a votação porque existe uma posição do Ministério Público e uma decisão do Tribunal de Justiça: a lei votada pela Câmara, em Maceió, nos mesmos moldes aos quais Bruno quer ver aplicado, é inconstitucional.
Daí Bruno Toledo faz dobradinha com Davi Maia e a trapalhada é generalizada. Jó Pereira, vice da CCJ, segue entendimento do TJ. A votação não acontece. E os dois deputados queimam capital político cujas posições viram momentos de humor, com assistimos em Bolsonaro, na Damares, no Ernesto Araújo.
Um palaciano diz que deputados de oposição como Bruno Toledo e Davi Maia são um sonho para qualquer governador. O que os dois dizem ou defendem vai virando anedota, não repercute, não constrói seriedade. Eles mesmos ajudam a desqualificar.
Perde a Assembleia, mais pobre em debates e na seriedade com a tal coisa pública.
