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Pelo povo, prefeito ex-preso por corrupção corta ponto de grevistas

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Arlindo Garrote ajeita o terno antes de ir para a cadeia

Diretores das escolas municipais de Estrela de Alagoas fora orientados pelo prefeito, Arlindo Garrote, a cortar o ponto de professores e funcionários das escolas que aderirem à greve geral, marcada para esta sexta-feira (28).

O áudio foi gravado pelo prefeito, distribuído pela secretária de Educação, Anaísa Canuto, aos diretores das escolas que, em seguida, encaminharam aos professores da rede municipal. O blog obteve o áudio. Veja nesta postagem.

Na gravação, Garrote diz que “a greve deveria ser feita no dia 1 de maio, que é o dia do trabalhador, onde todos deveriam se unir e fazer”. Explica ainda que “Estrela parando não vai influenciar em nada” porque os trabalhadores deveriam protestar em Brasília. Disse ainda que “ninguém faz nada é só um dia de férias. Férias prolongadas, que se torna feriado, sexta, sábado, domingo, segunda”.

Avaliou ainda que “eu não posso atrapalhar isso aí e compensar depois”, completando: “Eu vou ter que contar como falta”. Disse ainda: “Greve não vai surtir efeito de nada” e “Isso é só uma folga para se brechar um dia”.

O blog contactou o prefeito, que confirmou a gravação, mas explicou que a suspensão dos serviços públicos prejudica a população; citou quem depende do caminhão-pipa e não terá água para beber; ou precisará de médico e não terá atendimento.

Ele gravou um pequeno depoimento ao blog de 3 minutos e 36 segundos.

Contra a maré

Apesar de preocupado com os moradores de Estrela de Alagoas, o prefeito Arlindo Garrote responde a uma ação de improbidade administrativa mais uma ação penal, no Tribunal de Justiça.

Em ambas é acusado de desviar dinheiro público. Numa delas figura como réu junto com a mãe, Ângela Garrote.

Em janeiro de 2013, foi preso pelo desvio de R$ 1 milhão dos cofres de Estrela entre 2009 e 2011. Ao saber do pedido de prisão, fugiu e se entregou dois dias depois, na sede do Tribunal de Justiça, em Maceió.

Na época, a mãe dele, que foi prefeita da cidade, também foi presa.

Arlindo Garrote foi acusado pelo Ministério Público em 7 crimes, entre eles fraudes a licitações de obras públicas não realizadas e falsificação de contratos e pagamentos junto a empresas.

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