Três indivíduos foram detidos pela Polícia Civil durante uma operação na madrugada desta terça-feira (24), acusados pelo assassinato do juiz do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Paulo Torres Pereira da Silva, de 69 anos.
Além das prisões, o veículo utilizado no crime também foi apreendido. O homicídio ocorreu na noite da última quinta-feira (19), no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife.
Os suspeitos foram encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), situado no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, onde passarão por audiência de custódia. No entanto, a identidade dos suspeitos ainda não foi revelada pela polícia, e o resultado da sessão aguarda divulgação.
O juiz Paulo Torres Pereira da Silva foi brutalmente assassinado a tiros enquanto dirigia seu próprio carro no bairro de Candeias. Ele foi cercado por criminosos, que dispararam contra o veículo e fugiram imediatamente. Os socorristas receberam um chamado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas, infelizmente, o juiz já estava sem vida quando chegaram ao local.
A investigação está apontando que o crime aconteceu por volta das 20h na Rua Maria Digna Gameiro, a cerca de 300 metros da residência do magistrado. A perícia feita no local confirmou que o juiz foi atingido por um tiro na cabeça. A delegada Euricélia Nogueira, que estava de plantão na Força-Tarefa de Homicídios, foi designada para cuidar do caso e realizar as investigações.
Familiares da vítima informaram à delegada que o juiz tinha uma rotina tranquila e costumava caminhar todos os dias na Praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho. Além disso, ele não possuía um carro blindado e costumava manter as janelas abertas enquanto dirigia.
A polícia está analisando imagens das câmeras de segurança próximas ao local do crime como parte das investigações. O delegado Roberto Ferreira, responsável pelo caso na 12ª Delegacia de Polícia de Homicídios, afirmou que nenhuma linha de investigação está sendo descartada.
Paulo Torres Pereira da Silva era juiz há quase 34 anos e atuava na 21ª Vara Cível do Recife. Ele também já atuou como desembargador substituto no TJPE e colaborou com a Justiça Eleitoral no julgamento de casos relacionados à propaganda irregular.
