BLOG

Para não reproduzir o barbarismo em nome de Deus

São inúmeras as sutilezas que atuam em nosso caráter de povo com discurso avançado e prática arcaica. Este mesmo discurso, tem sido posto sobre uma camada muito fina de “politicamente correto”, pois basta uma pressão pequena que o falastrão escorrega no humor e revela a verdade por trás da máscara.

É como todos dizerem que não são preconceituosos e as atitudes preconceituosas estarem cada vez mais violentas e estampadas nas manchetes. Assim temos sido quando anunciamos rompimento com paradigmas solidamente construídos sob o mando, o domínio, opressão e exploração.

Temos, por certo, necessidade de promover termos altruístas. Precisamos discutir e empoderar o enfrentamento com nossas mazelas culturais e históricas, utilizadas pelas políticas que concretizam as distinções perversas. Urge nos educarmos para o respeito aos direitos dos outros, assim como aos nossos próprios direitos.

O amadorismo discursivo que segurou algumas décadas atrás, ruiu neste tempo de dores semeadas, sendo impossível para a própria mídia opressora esconder os efeitos do mando no mundo. O trem do capital descarrilado desde sempre, atropelando e matando, já não pode ocultar o rastro de terror na era da internet. Os massacres são noticiados.

Uma sociedade cruel vem mostrando sua face com cada vez menos filtro. Raros acreditam ainda na segurança dos sistemas. Não tendo o que temer o arcaísmo avança. Os dedos em riste apontam na direção das ideias libertárias, revivendo uma inquisição mais ampla, promovida por diversos segmentos religiosos, em uma visão ecumênica ao contrário. Isso é assustador!

As conquistas sociais e culturais de todo um século balançam no início deste, que deveria representar o ápice da força do conhecimento e da ciência na melhoria da vida humana e outras formas de existência planetária. Seria o século do crescimento científico e desenvolvimento tecnológico, mas assim marcado pelo retrocesso na mentalidade, quem fruirá de melhor viver?

Cada um de nós é convidado a rever os pensamentos que alimenta, os preconceitos e discriminações que reproduz, até entender que este globo nasceu da diversidade, e tudo mais é ânsia de poder e dominação. Sejamos os promotores da liberdade de viver, pois ainda assim teremos muitas batalhas para garantir a sobrevivência. Se desistirmos de ser gente, esse barbarismo asséptico nos transformará a todos em homicidas/autocidas. Um tempo de muita dor deve servir ao menos para sensibilizar nossa estúpida inclinação egóica que parasita até o nome de Deus.

 

VEJA TAMBÉM

SOBRE O AUTOR

..