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Pacto Contra a Fome, de Paulo Dantas, reforça sadismo eleitoral

Capturando os eleitores pelo estômago, o governador Paulo Dantas lança seu Pacto contra a Fome prevendo distribuir 110 mil cestas básicas mensais a famílias com renda entre zero e três reais.

Já havia esta iniciativa na era Renan Filho, tocada pela Secretaria de Assistência Social da família Pessoa. As cestas eram distribuídas de forma irregular, quando os brios dos gestores assim permitiam. Um sadismo explícito, em resumo.

Distribuir comida aos famintos faz parte da história alagoana. É expediente dando ares de grandeza à falta de políticas públicas ou sociais.

O Pacto contra a Fome é um reforço a uma política miserável, de cabresto, a mesma que paga R$ 180 para mães do projeto Cria. Pouco, muito pouco, a quem disse publicamente num palanque e para o ex-presidente Lula das suas prioridades no combate à miséria.

As páginas da História mostram: comida e voto crescem no mesmo jardim, nos arredores do Poder. Estranho é que estas experiências ganham nova roupagem vestindo um corpo roto e mofado, ressuscitando a cada lombada, anunciando, aos solavancos, suas novidades.

O Auxílio Brasil, do criticado Jair Bolsonaro, paga R$ 400 (mais R$ 200 até o final do ano, totalizando R$ 600). E deve ser aproveitado e incrementado por Lula se ele ganhar a eleição, disse o senador Renan Calheiros.

Quanto a Paulo Dantas, a fome parece persistir como um projeto, enchendo panças e almas de gratidão. Só.

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