Operários rejeitam acordo e mantêm greve em Suape

Diário de Pernambuco

Uma tentativa de mediação entre trabalhadores da indústria da construção pesada e empresas foi rejeitada na manhã desta terça pelas comissões de operários das obras da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape. Sob a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), através do procurador Fábio Farias, os sindicatos dos trabalhadores, Sintepav, e dos patrões, Sinicon firmaram na tarde de ontem uma proposta que previa a equiparação salarial das várias funções e a compensação dos dias parados.

Na manhã de hoje, a proposta foi levada às comissões de trabalhadores nas duas obras e foi rejeitada. Haviam sido negociados a nova tabela salarial, retroativa a 1º de outubro, para pagamento na folha de novembro; a compensação de três dias parados, independente da quantidade de dias em greve ser superior a este número (que seriam compensados nos dias 15, 17 e 24 de novembro) e o compromisso do Sintepav de cumprir os trâmites de negociação antes da decretação de greve até a próxima data base da categoria.

A greve começou no dia 31 de outubro e ainda não teve fim. Os operários reclamam que não foi implantada a equiparação salarial prevista no acordo coletivo firmado após 17 dias de greve no mês de agosto. O prazo para a implementação era de 60 dias e depois foi prorrogado por mais 30 dias.

Desta vez, na mediação ocorrida ontem, segundo informações do Ministério Público do Trabalho, os reajustes obtidos variariam de 0,73% – para as atividades de ajudante, arrumadeira, auxiliar de serviços gerais, faxineira, servente, que passam a receber R$ 762,30 – a 47,46%, para o caso de operador de escavadeira, que passa de R$ 1.645,60 para 2.426,64.

O Sindicato Nacional da Indústria da Construção Civil Pesada (Sincon) informou que divulgará ainda hoje uma nota oficial com o posicionamento das empresas após a rejeição do acordo pelos operários.

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