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O Natal dos subversivos será lindo

Qual é a verdade do seu gueto? Nosso país está cada vez mais nos empurrando para isolamentos entre semelhantes. Isso aqui não é um discurso moralista, não precisa inflamar razões, eu também tenho uma penca delas e te entendo.

Estaremos em breve tempo desafiados a elaborar novas formas de conexões, para transitarmos entre as bolhas.

Na versão mais otimista, esperamos continuar vivos para contar essa histórias anos depois. Mas por agora, na véspera do primeiro Natal sem misturas e ecletismos suportáveis, como faremos depois que percebermos que aquilo mesmo que não vale a ilusão também não vale a solidão?

Regressaremos ao interior. Nosso melhor refúgio será o silêncio de quem se entende.

Mundos que tentarão atropelar outros tantos, por se admitirem mais fortes, isentos e legitimados, estarão entre aqueles fadados ao tédio. Os filhos destas gerações não saberão amar.

Agarre sua poesia meu irmão e desafie as tradições.

Natal na real é nascer onde a vida significa transgressão. De cá, da bolha-proteção, sintonizamos com você. Joga no ar essa agressividade contida e salva a tua ilha, que no sentido inteiro é tua vida.

Sem saias justas, rasguemos a liberdade. Somos maioria neste acorde de inteligências, porque o voo da consciência não inventa gozo nem anestesia.

Você é parte da nossa poesia. Haveremos de sair do labirinto que ora assusta, transmutaremos dogmas em flexibilidades.

Nascerá Jesus, renascerá a liberdade.

 

 

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