O presidente da Assembleia Marcelo Victor fez Renata Calheiros conselheira do Tribunal de Contas.
Ou seja: manteve sua palavra a Renan Filho mas também mandou dizer que, dali em diante, somente ele, Victor, ocuparia o lado direito no trono palaciano, junto a Paulo Dantas.
Semana passada o ministro dos Transportes, sentado do lado direito do governador, deu seu recado público a MV, com elegância.
O Estado tem a receber dinheiro pela federalização da Ceal, os bilhões da BRK e da Braskem.
Mas eles, os Renans, é quem sabem a senha do cofre. E acamparam primeiro na boca do caixa.
Marcelo Victor ainda é um político provinciano, não possui concreto suficiente para o alicerce que quer montar em Brasília.
Além disso, George Santoro saiu do governo e deixou satélites na Sefaz que orbitam em seu entorno. Ele não está na secretaria mas sua equipe foi toda mantida.
Sem eles, Marcelo Victor não terá o que precisa.
No final, o presidente da Assembleia pode ter tudo o que quer, desde que os Renans assim desejem.
Nessa história o todo-poderoso ficou à reboque.