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Nós, os iguais

 

Podemos expulsar nossa humana condição, de dentro de nós? Será possível tão perversa adaptação, em nome de uma sobrevivência estranha do corpo sem alma?

O que é um cidadão sem participação política, sem inserção social e direitos garantidos?

Como sermos humanos, engolfados na indiferença às problemáticas por nós geradas, que hoje desafiam cada ser?

Em verdade, nem todas as soluções estão na esfera dos poderes temporais que regem sistemas. Contudo, se não mobilizamos nossas subjetividades no preparo do tempo de ação e renovação, haverá sempre subjugação.

A ancestralidade nos ensina que a modelagem exige ação. O formato material, cultural, dependeu da determinação de muitos para transformar o primário em resultado melhorado.

Se queremos uma sociedade aprimorada, arregaçemos as mangas, pondo os braços à mostra e misturando as mãos na massa.

Advertimos para o risco que a inércia compartilha. Apenas a solidária construção de defesas que não excluem poderá nos proteger de nossas próprias invenções mesqinhas. Se todos temos a morfologia da fome, da carência, do medo, é porque entre nós não há diferenças.

Somos um conglomerado de portadores das necessidades de igualdade!

A educação, saúde, moradia, segurança, não pode continuar sendo privilégio. É necessidade humana, coisa primária.
Enquanto insistirmos em negar a plenitude da vida a todos os que nascem, estaremos emaranhados nos conflitos que nos transformam em vítimas de nós mesmos.

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