Foto da capa: Wilson Dias/Agência Brasil
Somente ontem, em um café da manhã com jornalistas, Jair Bolsonaro criticou os manifestantes que vão às ruas neste domingo para pedir o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
Estas manifestações, aliás, só vão acontecer para atender a um apelo- quase uma súplica- de Bolsonaro.
Ele incentiva a construção de uma autocracia, um Governo absoluto, quase uma ditadura, onde as leis e a Constituição não precisam existir. Só a vontade do soberano.
A ideia, é claro, é um fracasso. E o Congresso, liderado por Rodrigo Maia, vai retirando poderes do chefe do Executivo.
Entrevistado pela Agência Pública, o senador Renan Calheiros disse sobre as manifestações de domingo: se as ruas ficarem cheias, Bolsonaro será responsável por aprofundar o desgaste das instituições e dos poderes. Se as as ruas, ao contrário, ficarem desertas, será renúncia, golpe ou impeachment.
A promessa de arma fácil virou uma mentira. O kit gay nas escolas não existe. A caçada aos professores comunistas é uma bobagem de gente que acredita na terra plana.
O Governo não tem respostas para o estímulo ao consumo, a queda do desemprego. A reforma da Previdência é uma garantia que não garante nada. E o Paulo Guedes, em palestra nos Estados Unidos, diz que o Brasil está à venda, do Palácio do Planalto a Petrobrás.
Bem, o presidente já disse que a mulher brasileira estava à disposição dos turistas estrangeiros. Só faltou dar o preço.
A pergunta mais elementar não tem resposta: onde vamos parar? Nem as atuais fórmulas obscurantistas da ministra Damares e as escolas produzindo vassouras e bruxas conseguem prever o nosso futuro. Ou o nosso presente.