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Não há liberdade sem lágrimas

Não acredito em quem proíbe o choro, o lamento e a desilusão! Não vejo com bons olhos quem coordena a emoção que não lhe pertence, sob a pecha de liderança ou referência.

As janelas psicológicas do ser por vezes precisam se abrir e deixar as emoções se lançarem nos espaços das relações, em busca de ninhos ou terra firme. Importa ser gente! Não importa o que o modelo idealizado pense!

Depois das convulsões há extenuação e calmaria, neste entardecer o ser recupera seus significados.

Não precisa proibir a lágrima, é vertente de cura escorrendo da alma.

Há muito o que ser resgatado da sabedoria amorosa dos nossos ancestrais, para os emplastros de agora, para diminuir as dores ontológicas que carregamos.

Sim, é a desilusão tão legítima quanto a reação!

Momentos cinza, nos quais buscaríamos o borralho para jogar sobre a cabeça, fazem parte da saga de reconstrução!

O chão não será apenas nosso berço, nele também está a nossa pedra de tropeço.

Acolhe o corpo e a mente do outro, com a compreensão!

Os silêncios não são de agora, e ainda temos muitas palavras para mandar mundo afora. Nos escutemos mais!

Todas as vezes que alguém defende a ferro e fogo uma posição de liderança, de alguma maneira cega a própria visão. As lides da manutenção trazem o DNA das coletividades.

Coletivas liberdades! Apanhado de vontades!

Recondução.

Condição para a libertação.

SOBRE O AUTOR

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