O fogo irmão de São Francisco foi sequestrado pela fúria do agronegócio.
A força renovadora foi convertida em sanha mortal, fome capital!
Queima Amazônia, torra chapadas, arde em chamas o Pantanal!
É o Brasil na geena.
É o inferno que crema os reinos.
A condenação indefesa dos biomas e a impotência humana diante dos próprios sistemas.
Não foi um raio de Iansã, foi o querosene da fazenda.
Sufoca a cidade a fumaça-denúncia!
Sufocam as gargantas e os gritos ninguém escuta!
Queima o Brasil seu pecado eleitoral e os inocentes morrem a repetir o sinal.
A besta que comanda o ato se deleita enquanto a dor consome.
Se a palavra pudesse resumir a desdita em um esgar por certo vomitaria Bolsonaro antes que todo o amanhã se transforme em cinza inerte nas fornalhas da economia predatória.
Não é fogo, é política!