Um índice inédito, chamado Índice Instituto Cactus – Atlas de Saúde Mental (iCASM), foi lançado nesta sexta-feira (4) e identificou que a sanidade mental é mais afetada em mulheres, pessoas trans, jovens e desempregados no Brasil. A pesquisa, que contou com 2.248 participantes de 746 municípios do país, investigou diferentes aspectos, hábitos e situações que refletem a saúde mental dos brasileiros, tanto positiva quanto negativamente. Os fatores que tiveram maior associação com a saúde mental dos entrevistados foram gênero, orientação sexual, renda, situação profissional, relações familiares e prática de esportes.
O iCASM é uma ferramenta que mede de zero a mil pontos, sendo que nesta primeira edição atingiu 635 pontos. As respostas dos participantes foram divididas em três áreas: confiança, foco e vitalidade. A pesquisa revelou que apenas 5% dos brasileiros fazem psicoterapia, enquanto 62,5% não usam serviços de apoio à saúde mental. Além disso, 41% dos participantes se declararam insatisfeitos com os serviços de saúde em geral. A condição financeira também foi apontada como motivo de preocupação para nove em cada dez consultados.
O estudo ainda mostrou que as mulheres e as pessoas trans apresentaram pontuações mais baixas de saúde mental, enquanto os mais jovens, entre 16 e 24 anos, tiveram a pontuação mais baixa. A prática de esportes e as relações sociais, como encontros com amigos e brigas familiares, também tiveram impacto nos indicadores de saúde mental. O iCASM é uma iniciativa do Instituto Cactus, em parceria com a AtlasIntel, e pretende servir como referência de dados sobre saúde mental para a sociedade e formulação de políticas públicas.
*Com informações da Agência Brasil