A Guerra do Paraguai durou seis anos, envolveu Brasil, Uruguai e Argentina e teve 440 mil mortos em todo o conflito.
O Covid-19 matou 498 mil, em pouco mais de 1 ano, no Brasil. Respondemos por 1 a cada 4 vítimas no mundo.
A CPI da Covid mostra aquilo que sabemos, mas as instituições ignoram: Jair Bolsonaro é o principal responsável por estas mortes.
Mais de uma centena de pedidos de impeachment abarrota a gaveta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). Nenhum deles foi – e parece que nem irá- a plenário.
Neste domingo, milhares foram às ruas pedindo “Fora Bolsonaro”.
Mas o presidente tem o controle do Congresso, apesar da popularidade dele não ser suficiente para reelegê-lo, segundo mostram as pesquisas.
E ele avisou que não aceitará ser derrotado nas urnas. Ele que defendeu, várias vezes, um golpe de Estado. Golpe que ainda não ocorreu talvez porque o presidente não tem o apoio conjunto das Forças Armadas, como os militares tinham em 1964.
Tarefa penosa para um país que tenta sobreviver à dureza destes tempos.
Mas, aos poucos, os limites estão sendo rompidos.